Ao visitarmos umas das conceituadas redes de ensino de Itamarati, (Distrito de Ibirapitanga), ficamos assustados com o que vimos. De portas abertas por falta de funcionários, CEAJ segue na luta por uma educação de qualidade.
A escola encontra-se sem funcionários, sem reforma, sem merenda, sem atenção do Estado. Os servidores sem receber salários há vários meses, resolveram abandonar os trabalhos, deixando a sujeira espalhada no ambiente que deveria ser transformador. Uma pena que o Governo não prioriza a educação, deixando de investir no futuro de milhares de jovens, para gastar com estádios, Olimpíadas enfim... Revoltante! É complicado entender e aceitar tal situação, já que sabemos dos nossos direitos, pagamos à risca os impostos cobrados, votamos nos políticos sugeridos, em troca queríamos atenção para a educação. No Ceaj (Colégio Estadual Andrelina Eufrázia de Jesus Reis), os alunos estão sem lanche, e eles mesmos se organizam para manter a sala limpa. Na portaria, não existe mais ninguém para recebê-los! Por vários meses, esses guerreiros vinham segurando a peteca, sem querer deixar cair o estímulo desses meninos itamaratienses, que buscam aprender para ensinar lá na frente, as diversas áreas. Nesse momento, não conseguiram mais tapar o sol com a peneira e abandonaram o barco...
O lixo no chão, parece ser ato de vandalismo de alguém, mas comparando-se o cenário por completo da escola, percebemos que vandalismo maior, vem do estado, quando deixam pais e mães de família sem o pão de cada dia. A dor desses alunos é deixar que problemas como estes sejam tratados com frieza pela própria comunidade. Ninguém se importa com aqueles que querem aprender algo, aqueles que pensam em uma graduação, aqueles que se dedicam nos estudos para alcançar objetivos e sonhos, para muitos, é bem mais fácil apontar os bandidos, àqueles que já não se salvam mais. A educação é base para um cidadão formar opinião. Sem esse mecanismo de aprendizagem as coisas tendem a piorar! Há dias atrás, houve manifestação pelo mesmo motivo. A classe discente, juntamente com os pais, organizaram e paralisaram a BR 101. Ao entrar em contato com os responsáveis, a resposta foi de melhoras, mas não. Tudo não passou de um engano!
" Eu fico indignada com umas coisas dessa! O presidente não liga para os estudantes, nem escola... Apesar de tudo isso, ainda tenho animo pra ir à escola, pois nela está o meu futuro." Disse uma aluna...
Outro jovem que estuda no CEAJ, descreveu a escola que precisa para continuar buscando o seu futuro...
" Queria uma escola com funcionários, com ventiladores, com uma estrutura descente, um ambiente confortável, onde eu possa aprender significativamente..."
Esse é o desabafo de uma aluna, para ela e demais colegas prejudicados com a greve, o único jeito é continuar caminhando, sonhando com um amanhã mais justo para todos. Enquanto isso acontece, milhões e milhões de reais sendo jogado fora nas campanhas políticas municipais, dinheiro que deveria resolver boa parte dos problemas, não só de Itamarati como das outras instituições da Bahia que enfrenta esse processo. Destacamos na reportagem apenas o que é visivelmente percebido de longe. Paredes sujas, espaço sem alegria...
Enfim, hoje reivindicamos os diretos adquiridos pelos itamaratienses, mas são inúmeros escolas da Bahia sofrendo com o descaso do Estado, em relação à educação. Por Rita Santos (IbiraOnline.Com)
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